quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ao grande mestre - Renato Heineck


Não é uma despedida, pois sabemos que continuará aqui nos visitando... É apenas um reconhecimento por tantos anos de dedicação. Poderíamos lhe agradecer por ter nos passado os conteúdos de uma forma dinâmica, de um modo animado...

Agradecer pelos vários lembretes de ‘’a unidade é o que vai na direita’’ ou ‘’vocês estarão aqui na frente professores’’ e tantos outros que tenho certeza que muitos de nós jamais esquecerão. Porém, não é isso que queremos...

Queremos agradecer o grande exemplo de determinação e de amor ao seu trabalho. Agradecer por nos ajudar a não sermos pessoas alienadas, a nos mostrar que sim temos um papel muito importante na educação e na vida das pessoas que teremos como alunos.

Em todos esses anos de trabalho, sabemos que cativou muitas pessoas para a física e para essa linda profissão de ensinar, mas não foi a física e nem os experimentos que fizeram isso... O que as cativou foi ver em você professor, uma pessoa realizada e feliz com o que faz, uma pessoa que faz a diferença e que não espera as coisas prontas, mas faz elas acontecerem, uma grande liderança que deixa marcas por onde passa.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Encontro e separação -



Mais uma vez eu digo: amor é para os fortes, qualquer tipo de amor... E é preciso estar preparado (como?!), pois apesar de trazer muitas vezes sofrimentos, não há algo que mova mais o ser humano que esse sentimento de nome curto, com poucas letras.
Os pais e a proteção para com seus filhos, os amigos e sua cumplicidade, os apaixonados e a incerteza, a criança e seu bichinho de estimação... Quando nos permitimos amar e damos espaço no nosso coração pra tal sentimento, corremos riscos sim de nos machucar ao perder o nosso ser amado, mas como é difícil pensar nisso diante da sensação maravilhosa que é ter e sentir amor...
Em um trecho de um livro do Rubem Alves achei algo que se encaixa com essa dinâmica de amar:
''Amor é isto: a dialética entre a alegria do encontro e a dor da separação. E neste espaço o amor só sobrevive a algo que se chama fidelidade: a espera do regresso. Quem não pode suportar a dor da separação não está preparado para o amor. Porque o amor é algo que não se possui, jamais. É evento de graça. Aparece quando quer, e só nos resta ficar à espera. E, quando ele volta, a alegria volta com ele. E sentimos então que valeu a pena suportar a dor da ausência, pela alegria do reencontro.''
Por mais dura que seja a ausência ela apenas faz com que o reencontro seja melhor e mais intenso.. e eu agora vou me reencontrar com a química, que era o que eu deveria estar 'amando' no momento --'

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Magia de ser real...


Durante o dia de hoje pensava em mim e nos meus sentimentos e em quem eu estou me tornando, mas não cheguei a nenhuma conclusão. De noite tive uma vontade imensa de recomeçar a ler, e peguei na biblioteca um livro da Martha Medeiros ''Cartas extraviadas e outros poemas'', abri e me deparei com o seguinte:

''te amei
como nunca amei nessa vida
e do final deste amor
restou uma mulher tão fria
que nem por ti mesmo
conseguiria sentir
o amor que senti um dia''

E conclusões começaram a surgir, justamente por que eu pensava sobre isso, a minha frieza. Eu não era assim, eu não sou assim. Sempre fiz questão de sentir acima de tudo, entregar meu coração realmente...
Então, entro no meu blog e mais uma coisa me chama atenção: ''Não existe outra magia além dessa, a de ser real...'' e uma pergunta incessante na minha cabeça: estou vivendo essa magia?
Não... Estou deixando de lado pelo simples medo, medo de quebrar a cara, medo de sofrer, medo do novo, medo daquilo que eu já conheço, medo de chorar e de me sentir vulnerável. Tenho muita razão em ter todos esses medos, um coração talvez já machucado e cansado demais.
Mas todos esses medos não justificam o descaso com os meus sentimentos, o fingimento que eles não existem e uma mentira insistente a mim mesma. Eu sei que tudo isso é apenas uma maneira de me proteger, uma certa atitude de 'auto preservação'. Mas o fato é que tais sentimentos existem e eles estão aqui sim, por mais que eu minta, por mais que eu fuja... Por períodos podem até parecer ter ido embora, desaparecido... Porém de repente surgem novamente com uma força violenta.
Quero ser real, quero viver essa magia. Quero saber administrar a 'violência' de tais sentimentos, quero ser quem eu era a um tempo atrás e também espero que essa frieza vá embora, pois não quero ser forte, não mesmo. Quero apenas ser feliz, sendo quem eu realmente sou.








sábado, 12 de novembro de 2011

O que realmente importa...

Hoje pensava sobre subjetividade... Aquilo que nos motiva, nos implusiona e nos dá prazer em viver. É o que nos transforma no que somos, o que faz com que tenhamos nossos ideais, princípios, a força que vem de dentro de cada um. O somatório de todas as experiências, positivas e negativas, um conjunto de tudo o que já se viveu...Enquanto me ocorriam tais pensamentos, também refleti sobre como anda a minha subjetividade... Estou a perdendo?
Acredito que essa perda é uma das que mais causam prejuízo a um ser humano. Perder a subjetividade é perder a própria identidade, perder a consciência sobre o próprio ser. Fazer as coisas mecanicamente e apenas através de estímulos externos, sem saber o por quê de tais ações.
Essa perda é fazer parte da teoria marxista que fala sobre a alienação do sujeito. É viver apenas em função de acumular mais dinheiro, mais bens. É deixar o que se tem, sobrepor aquilo que você é... É sair trabalhar todos os dias, apenas esperando pelo salário no fim do mês, sem prazer algum naquilo que faz.
Há muitas pessoas que não valorizam o que realmente importa... um abraço, o brilho no olho, a palavra sincera. Acreditam que podem comprar tudo, conquistar o que querem apenas com dinheiro, sem saber que é preferível morar embaixo da ponte, desde que se tenha amor. O que nos faz humanos de fato, é o encontro com o outro, são os sentimentos. Se isso não for levado em consideração não vivemos, apenas existimos.

Inspiração de hoje: Livro '' A Metamorfose - Franz Kafka''.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Saudade..


É
uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e também na música popular, "saudade", só conhecida em galego e português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de "saúde" e "saudar". (Definição de saudade, segundo a wikipédia).

E qual a minha definição de saudade?
Para mim, é quando nossas memórias estão tão fortes e presentes, que tentam fugir de nossa mente, para se tornarem reais novamente. Mas acima de tudo saudade no meu ver são inúmeras situações... É quando não se consegue evitar o pensamento, o olhar na direção em que é possível encontrar, sentir o cheiro, lembrar o gosto, querer o carinho e o amor que se perderam. É não aceitar o fim, querer mudar, reviver, reaproximar... É se dar conta de tudo que jogou fora, que se perdeu. Valorizar.
Sentir aquele aperto no peito por não ter feito tudo que era possível, saber que poderia ter sido diferente, querer fazer o melhor agora e não poder. Querer de novo aquele colo, aquele sorriso e aquele beijo..
É sentir falta de tudo aquilo que não aconteceu. É tentar tratar com indiferença aquilo que ainda te fere e encomoda. É ver que tais sentimentos estão cada dia mais fortes e mais presentes.
É tentar inúmeras vezes colocar um ponto final e não conseguir.

''A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.'' (Rubem Alves)