segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

2011..



Uma palavra para esse ano: nossa. E não, não é por causa da música super legal (y) do Michel Teló. Nossa por tudo que aconteceu, por tudo que eu aprendi, por tudo que eu mudei e por tudo que passei.
Nesse ano pude ver que sim, posso perder pessoas que eu pensava que estariam sempre do meu lado, principalmente nas horas mais difíceis. Com isso me tornei mais fria, mas com certeza muito mais forte e mais consciente de que nas horas difíceis é dentro de mim que vou encontrar as forças necessárias.
Percebi que coisas ruins, doenças e etc, não acontecem só na casa do vizinho. Podem acontecer na minha família, podem acontecer comigo. Com isso aprendi a dar mais valor para as pessoas que estão do meu lado e também como é bom se sentir útil em ajudar alguém que você tanto ama.
Aprendi também que a minha filosofia de ''esporte mata'' estava errada, que o meu coração pode reclamar a qualquer momento e também que é muito bom ouvir de um médico ''isso não é um melanoma''. Mudei, ahh como eu mudei. Não me pergunte se foi pra melhor ou para pior. Isso é muito relativo. Tudo aconteceu pq saí daquele meu mundinho em que estava habituada, conheci pessoas com opniões, crenças, pensamentos e muitas outras coisas diferentes de mim. Tudo isso foi acrescentando e me modificando, percebi que não sou dona da verdade e que ser todo o tempo como todos julgam que tenho que ser, cansa.
Também errei muito... Magoei pessoas que mesmo elas tendo feito o mesmo comigo, ter consciência do que eu fiz me deixa ainda muito triste. Errei em assumir coisas das quais eu sabia que não ia dar conta e em esquecer de muitas vezes me colocar no lugar do outro.
Peguei meu primeiro exame, riii muito, viajei, chorei, criei várias teorias com o Patrick Alves durante nossos trajetos até a UPF, li muito, chorei assistindo o último filme do Harry Potter com a Stéfany Biorchi, expressei meus sentimentos de uma forma que nunca tinha feito, me permiti escutar músicas que antes tinha preconceito e descobri que em determinados momentos são a melhor coisa para dançar e depois rir de mim mesma.
Através de um vídeo que a Vanessa Borelli me mandou, descobri a capacidade libertadora da palavra f***-se! haha e que sim, quando algo não tem solução é levantar a cabeça e seguir em frente. Descobri que o cara lá em cima está sempre comigo, mesmo muitas vezes eu esquecendo isso e tentando fazer as coisas apenas do meu jeito. Aprendi também a pedir desculpas e ver que muitas vezes não gostamos de alguém pelo fato dessa pessoa ser parecida conosco, né Fiama Vanz? ^^
Nem de longe esse foi um bom ano, mas também não foi mau. Foi um ano de muita experiência, um ano em que muuiiiita coisa ruim aconteceu e que está terminando de uma forma que eu infelizmente não esperava. Mas foi um ano que me deixou mais forte, mais capaz de enfrentar as coisas.
Que venha 2012, tenho muita coisa pra melhorar, muita coisa pra viver, muito o que estudar... E me desafio ano que vem, principalmente a deixar o mal humor de lado e levar a vida com mais leveza e mais sorrisos... Isso ainda é meio difícil pra mim, mas está aqui registrado que vou me comprometer com isso :P

#mais duas semanas pela frente, vamos ver se 2011 ainda consegue me surpreender e fazer com que eu escreva mais um texto antes desse ano acabar ;)

p.s.: foto dos sorrisos que me fizeeram sorrir nesse ano ;)

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Efemeridade das coisas..


''Tudo passa
A dor, o amor e o pavor
O passo, o abraço e o laço
O riso, o choro e o cansaço''

Não há nada que me deixe mais intrigada que o tempo. Relógio, horas, segundos, relatividade, teorias. Há uns 9 anos atrás passei a ter consciência sobre a efemeridade das coisas, inclusive de nossa própria vida. Do nada, uma criança de dez anos, indo para sua aula na quarta série do fundamental, pensa: ''esse segundo que passou, nunca mais voltar''.
Desde então o tempo é o tema central da maioria dos meus pensamentos. Como pode passar tão rápido em determinada situação e em outra se estender? Ao mesmo tempo em que parece que nem existe, como se passado e futuro fossem apenas imaginação e só existisse o agora (que também é super vago). Eu sei, eu sei isso tudo é muito sem noção, talvez seja o horário da madrugada em que estou escrevendo isso ou talvez não.
Mas o fato é que tudo passa (até uva passa :P), aquele momento perfeito em que você gostaria de estar pra sempre, onde tudo ocupa seu devido lugar e que há sensação de plenitude. Aquela viagem que você esperava tanto, aquele encontro... Simplesmente, passou.
Porém parece que esquecemos que não são apenas as coisas boas que passam, as ruins também, contudo parecem se estender muito mais. Aquele problemão, aquela doença, aquela confusão e aquela espera angustiante... Passam igualmente.
Ah querido tempo, pudera eu te entender, pudera eu olhar pra tudo isso que está acontecendo em minha volta e pensar: ''é só questão de tempo..''














sábado, 10 de dezembro de 2011

#comofaz?


Em incontáveis situações nos deparamos com várias coisas em que não sabemos como proceder...
''O que eu faço com essa raíz quadrada?'', ''Como eu baixo um filme?'', ''Tem que derivar duas vezes?'', ''Em que ocasião eu uso o hífem?'', ''O que eu faço com a força resultante?'', ''Deixo ferver a massa por quanto tempo?'' (...) São casos em que a física, a matémática ou até mesmo nossa mãe nos diz o que temos que fazer.
Mas quem dera todas as coisas fossem simples assim...

#comofaz? Quando a saudade aperta e queremos a presença de alguém que já se foi.
#comofaz? Quando sabemos exatamente o que queremos, mas achamos que deveríamos querer outra coisa..
#comofaz? Quando o que é certo pro teu coração é errado pra todas as outras pessoas.
#comofaz? Quando se apaixona por alguém com muita coisa diferente de você.
#comofaz? Quando tem que ir contra opniões de pessoas importantes, sabendo que você pode estar errado, quebrar a cara e ter que ouvir depois: ''eu te avisei''..
#comofaz? Quando o medo parece ser maior que a coragem.
#comofaz? Quando algum amigo precisa de ajuda e você não tem o que fazer.
#comofaz? Quando tudo o que você queria era estar dentro daquele abraço e não pode.
#comofaz? Quando o sorriso te encanta e o jeito doce te tira a razão.
#comofaz? Quando você chega na metade da faculdade e acha que não era aquilo que queria.
#comofaz? Quando sabe exatamente no que aquilo vai resultar e mesmo assim insiste.
#comofaz? Quando você não consegue dizer não, mesmo se arrependendo depois.
#comofaz? Quando as pessoas acham que você tem tudo o que precisa para ser feliz e mesmo assim você sente que falta alguma coisa.

E aí, como faz? Você pode até me dizer sua ''receita'' pra tais situações, mas não adiantaria. Cada pessoa é um universo diferente, com experiêcias e sentimentos diferentes... Como agir, o que fazer... Nada disso tem uma receita pronta, mesmo uma situação acontecendo duas vezes com uma mesma pessoa vai ter um modo diferente de lidar com ela...
O fato é que são essas perguntas que nos fazem crescer como pessoas, que nos desafiam a pensar e refletir sobre o que acontece na nossa vida e o jeito é aprender, evoluir e tentar ser uma pessoa melhor.
E o importante disso tudo é saber que não se tem respostas pra tudo e ter humildade o suficiente para aceitar isso e viver bem mesmo assim :)




#comofaz pra passar em química? Vai estudar Caroline ¬¬

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ao grande mestre - Renato Heineck


Não é uma despedida, pois sabemos que continuará aqui nos visitando... É apenas um reconhecimento por tantos anos de dedicação. Poderíamos lhe agradecer por ter nos passado os conteúdos de uma forma dinâmica, de um modo animado...

Agradecer pelos vários lembretes de ‘’a unidade é o que vai na direita’’ ou ‘’vocês estarão aqui na frente professores’’ e tantos outros que tenho certeza que muitos de nós jamais esquecerão. Porém, não é isso que queremos...

Queremos agradecer o grande exemplo de determinação e de amor ao seu trabalho. Agradecer por nos ajudar a não sermos pessoas alienadas, a nos mostrar que sim temos um papel muito importante na educação e na vida das pessoas que teremos como alunos.

Em todos esses anos de trabalho, sabemos que cativou muitas pessoas para a física e para essa linda profissão de ensinar, mas não foi a física e nem os experimentos que fizeram isso... O que as cativou foi ver em você professor, uma pessoa realizada e feliz com o que faz, uma pessoa que faz a diferença e que não espera as coisas prontas, mas faz elas acontecerem, uma grande liderança que deixa marcas por onde passa.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Encontro e separação -



Mais uma vez eu digo: amor é para os fortes, qualquer tipo de amor... E é preciso estar preparado (como?!), pois apesar de trazer muitas vezes sofrimentos, não há algo que mova mais o ser humano que esse sentimento de nome curto, com poucas letras.
Os pais e a proteção para com seus filhos, os amigos e sua cumplicidade, os apaixonados e a incerteza, a criança e seu bichinho de estimação... Quando nos permitimos amar e damos espaço no nosso coração pra tal sentimento, corremos riscos sim de nos machucar ao perder o nosso ser amado, mas como é difícil pensar nisso diante da sensação maravilhosa que é ter e sentir amor...
Em um trecho de um livro do Rubem Alves achei algo que se encaixa com essa dinâmica de amar:
''Amor é isto: a dialética entre a alegria do encontro e a dor da separação. E neste espaço o amor só sobrevive a algo que se chama fidelidade: a espera do regresso. Quem não pode suportar a dor da separação não está preparado para o amor. Porque o amor é algo que não se possui, jamais. É evento de graça. Aparece quando quer, e só nos resta ficar à espera. E, quando ele volta, a alegria volta com ele. E sentimos então que valeu a pena suportar a dor da ausência, pela alegria do reencontro.''
Por mais dura que seja a ausência ela apenas faz com que o reencontro seja melhor e mais intenso.. e eu agora vou me reencontrar com a química, que era o que eu deveria estar 'amando' no momento --'

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Magia de ser real...


Durante o dia de hoje pensava em mim e nos meus sentimentos e em quem eu estou me tornando, mas não cheguei a nenhuma conclusão. De noite tive uma vontade imensa de recomeçar a ler, e peguei na biblioteca um livro da Martha Medeiros ''Cartas extraviadas e outros poemas'', abri e me deparei com o seguinte:

''te amei
como nunca amei nessa vida
e do final deste amor
restou uma mulher tão fria
que nem por ti mesmo
conseguiria sentir
o amor que senti um dia''

E conclusões começaram a surgir, justamente por que eu pensava sobre isso, a minha frieza. Eu não era assim, eu não sou assim. Sempre fiz questão de sentir acima de tudo, entregar meu coração realmente...
Então, entro no meu blog e mais uma coisa me chama atenção: ''Não existe outra magia além dessa, a de ser real...'' e uma pergunta incessante na minha cabeça: estou vivendo essa magia?
Não... Estou deixando de lado pelo simples medo, medo de quebrar a cara, medo de sofrer, medo do novo, medo daquilo que eu já conheço, medo de chorar e de me sentir vulnerável. Tenho muita razão em ter todos esses medos, um coração talvez já machucado e cansado demais.
Mas todos esses medos não justificam o descaso com os meus sentimentos, o fingimento que eles não existem e uma mentira insistente a mim mesma. Eu sei que tudo isso é apenas uma maneira de me proteger, uma certa atitude de 'auto preservação'. Mas o fato é que tais sentimentos existem e eles estão aqui sim, por mais que eu minta, por mais que eu fuja... Por períodos podem até parecer ter ido embora, desaparecido... Porém de repente surgem novamente com uma força violenta.
Quero ser real, quero viver essa magia. Quero saber administrar a 'violência' de tais sentimentos, quero ser quem eu era a um tempo atrás e também espero que essa frieza vá embora, pois não quero ser forte, não mesmo. Quero apenas ser feliz, sendo quem eu realmente sou.








sábado, 12 de novembro de 2011

O que realmente importa...

Hoje pensava sobre subjetividade... Aquilo que nos motiva, nos implusiona e nos dá prazer em viver. É o que nos transforma no que somos, o que faz com que tenhamos nossos ideais, princípios, a força que vem de dentro de cada um. O somatório de todas as experiências, positivas e negativas, um conjunto de tudo o que já se viveu...Enquanto me ocorriam tais pensamentos, também refleti sobre como anda a minha subjetividade... Estou a perdendo?
Acredito que essa perda é uma das que mais causam prejuízo a um ser humano. Perder a subjetividade é perder a própria identidade, perder a consciência sobre o próprio ser. Fazer as coisas mecanicamente e apenas através de estímulos externos, sem saber o por quê de tais ações.
Essa perda é fazer parte da teoria marxista que fala sobre a alienação do sujeito. É viver apenas em função de acumular mais dinheiro, mais bens. É deixar o que se tem, sobrepor aquilo que você é... É sair trabalhar todos os dias, apenas esperando pelo salário no fim do mês, sem prazer algum naquilo que faz.
Há muitas pessoas que não valorizam o que realmente importa... um abraço, o brilho no olho, a palavra sincera. Acreditam que podem comprar tudo, conquistar o que querem apenas com dinheiro, sem saber que é preferível morar embaixo da ponte, desde que se tenha amor. O que nos faz humanos de fato, é o encontro com o outro, são os sentimentos. Se isso não for levado em consideração não vivemos, apenas existimos.

Inspiração de hoje: Livro '' A Metamorfose - Franz Kafka''.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Saudade..


É
uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e também na música popular, "saudade", só conhecida em galego e português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de "saúde" e "saudar". (Definição de saudade, segundo a wikipédia).

E qual a minha definição de saudade?
Para mim, é quando nossas memórias estão tão fortes e presentes, que tentam fugir de nossa mente, para se tornarem reais novamente. Mas acima de tudo saudade no meu ver são inúmeras situações... É quando não se consegue evitar o pensamento, o olhar na direção em que é possível encontrar, sentir o cheiro, lembrar o gosto, querer o carinho e o amor que se perderam. É não aceitar o fim, querer mudar, reviver, reaproximar... É se dar conta de tudo que jogou fora, que se perdeu. Valorizar.
Sentir aquele aperto no peito por não ter feito tudo que era possível, saber que poderia ter sido diferente, querer fazer o melhor agora e não poder. Querer de novo aquele colo, aquele sorriso e aquele beijo..
É sentir falta de tudo aquilo que não aconteceu. É tentar tratar com indiferença aquilo que ainda te fere e encomoda. É ver que tais sentimentos estão cada dia mais fortes e mais presentes.
É tentar inúmeras vezes colocar um ponto final e não conseguir.

''A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.'' (Rubem Alves)

domingo, 30 de outubro de 2011

reencontro.




Eu dizia em um post anterior o quanto me sentia perdida, desgastada. Sim e realmente estava. Havia me esquecido de onde vem minha força, qual o meu refúgio e em quem eu me (re)encontro.
Ná música que postei na sexta-feira, do Coldplay, postei uma parte que me marca muito ''Ninguém disse que era fácil; Ninguém nunca disse que seria tão difícil''.
E realmente as coisas tem sido difíceis, não é fácil levar em frente o que escolhi pra mim, e de fato, nunca ninguém me disse que seria tão difícil correr atrás do que eu quero. Eu me assusto?Sim. Tenho medo? Muito.
Porém, quero fazer de todas essas dificuldades meu crescimento pessoal, quero superá-las e manter a calma, quando a vontade é jogar tudo para o alto. Quero ser persistente quando a minha vontade de desistir é maior que eu mesma. Quero acordar e fazer a escolha de como meu dia vai ser, pois sei que sou eu quem o constrói. Quero que minhas palavras se tornem atos e não se percam no tempo e no espaço.
Acima de tudo, quero Deus no meu coração, por que sei que não tenho capacidade alguma de amar a mim e os outros sem Ele, por que Ele é o próprio amor. Ele é essa energia que nos impulsiona a viver e a pensar sobre quem somos e o que faço aqui.
Quero ter amor, amor de verdade, que não me deixe pensar em recuar. Sim eu disse que queria sumir do mapa, desistir...
Quando observamos nossa vida de longe e a colocamos paralelas à história de outras pessoas, percebemos o quanto nossa vida é maravilhosa e o quanto somos abençoados.
Tive um reencontro, um reeencontro comigo mesma, um reencontro com o que mais dá significado a minha vida.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Tem uma hora que você para e pensa: 'cheguei no meu limite' e aí passa a ver que o teu limite vai bem além do que pensou. Mas em meio a tal situação é inevitável que você se desgaste, que se sinta cansado e perdido.
É assim que me sinto, cansada, perdida, desgastada. Hoje li em uma revista que um terremoto é algo muito assustador devido ao fato de tirar o que mais dá segurança as pessoas: seu chão, terra firme. Quando esse abalo sísmico que está minha vida vai fazer algum sentido? Quando vou entender as coisas como são realmente?
Sério, preciso de férias... Mas férias de tudo e de todos. Uma louca vontade de ir embora, desaparecer do mapa, sumir, partir de verdade.
Stress de sexta-feira? Dia tão venerado por muitos e detestado por mim... Pode ser.
Mas o fato é que quero desistir, cansei.



''Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard..''

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Página em branco.

Afinal, o que preenche esse espaço vazio dentro do peito, que consome a pessoa por inteiro? O que é essa sensação que está tudo fora do seu devido lugar? O que é ser feliz afinal?
Muitas vezes nossa própria alegria é colocada nas mãos das outras pessoas, que também tem seus vazios, sua página em branco interior. Cada pessoa é um universo, cada pessoa representa muitas possibilidades, muitos caminhos a serem seguidos. Já parou para pensar que aquela pessoa que está na parada de ônibus junto com você pode estar vivendo a maior dor de sua vida?Ou de repente está tão feliz por sua sobrinha ter nascido...

Cada um pode escrever sua própria história, através de suas escolhas. Por que a sociedade impõe tanta coisa? Será que é preciso escolher uma profissão que lhe renda muito dinheiro, mas que te faz infeliz? Por que é preciso se casar aos vinte anos, ter filhos aos vinte e seis, ter um emprego fixo pra que o julgamento dos outros seja ''bah, a fulana deu certo na vida''?

Na realidade, cada ser tem uma razão diferente que o move. Mas e esse nada? Qual é a razão que me move? Como diz a música do cidadão quem: ''todo esse nada, será vontade de viver na mesma casa, na mesa que reparte o pão, por isso tudo então.'' , será que é isso que me impulsiona a levantar todos os dias e ver esse novo dia como uma possibildade?
Ou será que sou muito egoísta, e não vejo nada além do meu próprio umbigo, em vez de parar de pensar bobagem e ir lutar pela paz mundial ou fazer algo para acabar com a fome no planeta?

Sinceramente, eu não sei a resposta pra nenhuma dessas perguntas e acredito que realmente não vou te-las pelo menos, por um bom tempo. Enquanto eu não encontro o que preenche esse vazio dentro do meu coração, vou preenchendo essas páginas em branco, construindo esse imenso livro interior que se chama subjetividade e que nos torna seres únicos.

Até minhas respostas chegarem, e meu vazio estar por fim completo, vou vivendo esse presente diário, chamado vida, que é sinônimo também de um desafio, que se deve fazer valer a pena; de um jeito que eu ainda não descobri como.

sábado, 15 de outubro de 2011

Comfortably Numb..

Li um texto da Marina Colassanti em uma prova 'abençoada' de Português, chamado ''Eu sei, mas não devia''.. Confesso que, em meio aquela queimação dos poucos neurônios que ainda me restam, comecei refletir a respeito. Realmente nos acostumamos a ver realidades cruéis, nos acostumamos a ser tratados apenas como simples consumidores, nos acostumamos com injustiças.. Entre outras muitas coisas. Por que tudo isso?
Pelo simples fato de ser mais confortável.
É mais fácil, é mais cômodo.
Vivemos como nos é condicionado, realmente entorpecidos pela mídia e pelo senso comum... Não se ousa mais, não se luta mais, apenas se aceita. É tão mais fácil estar alheio aos problemas, olhar para seu próprio umbigo e se achar o centro do universo. Vivemos em mundo com imagens semi- reais e uma visão distorcida.
Estamos confortavelmente entorpecidos.
Não acho um estado ruim de se vivenciar, com certeza não.
Não quando estamos apaixonados, nos sentimos em universo paralelo e fazemos planos de comer croissant no café da manhã com a pessoa amada.. Não quando reencontramos aquele amigo que mora longe e que nos faz sentir embriagados com sua presença. Não quando passamos um belo domingo com nossa família, contando piadas...
Mas infelizmente, não é o caso da nossa realidade... O entorpecimento no qual estamos mergulhados é a estagnação de não fazer nada pra melhorar e aceitar bovinamente o que nos é imposto. Realmente me sinto indignada com tudo isso e aquela coisa toda... Isso pra mim é tudo muito errado e queria realmente que as coisas fossem diferentes.
Mas estou aqui, confortavelmente entorpecida.




sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Além da máscara;



''Agora que a terra é redonda
E o centro do universo é outro lugar
É hora de rever os planos

O mundo não é plano, não pára de girar
Agora que o tempo é relativo
Não há tempo perdido, não há tempo a perder''




Quantas vezes temos verdades absolutas em nossas vidas e nos julgamos muito corretos e sábios diante de muitos fatos, esquecendo o quão falho somos. Quantas teorias já foram desmentidas, quantas vezes a ciência colocou em xeque ela mesma.
Como diz na música, é hora de rever os planos, rever conceitos... Mas aqui não falo sobre Física, sobre ciência ou geocentrismo, falo sobre o que há de mais profundo e mais desconhecido: o nosso próprio eu.
Quando eu preenchia a parte do perfil ''quem sou eu?'', eu pensava que nunca vou saber quem verdadeiramente sou, a cada dia uma nova descoberta ou uma contradição.
E aí, entra o título desse novo blog: ''Bem além da máscara.''
Muitas vezes nos portamos como camaleões camuflando nossos sentimentos e ideias... Por questão de sobrevivência? Talvez...
Quantas vezes estamos tristes, com o coração em pedaços e acabamos sorrindo como se estivesse tudo bem; Ou estamos extremamente felizes e temos que nos conter. Claro, é necessário, a sociedade impõe, o medo de ser mal compreendido é grande e a necessidade de ser forte também.
Mas não acho saudável ser assim sempre, não quero ser assim. Eu sinto que devo buscar além das minhas máscaras, devo me conhecer melhor e expressar de alguma forma como me sinto e o que se passa dentro desse complexo mundo chamado consciência.
A forma que eu encontrei é essa, escrever. Colocar em palavras o que sinto, porém inúmeras vezes elas me faltam, mas mesmo assim acabo por me conhcer melhor e começar a ver além do que pareço e o que pensam a meu respeito.
Quero rever muitos aspectos sobre mim, quero mudar, evoluir, aprender a olhar para meus sentimentos e expressá-los.
Quero ser verdadeira, quero ser autêntica...
Quero viver a magia de ser REAL.

Caroline Maria Ghiggi