domingo, 30 de outubro de 2011

reencontro.




Eu dizia em um post anterior o quanto me sentia perdida, desgastada. Sim e realmente estava. Havia me esquecido de onde vem minha força, qual o meu refúgio e em quem eu me (re)encontro.
Ná música que postei na sexta-feira, do Coldplay, postei uma parte que me marca muito ''Ninguém disse que era fácil; Ninguém nunca disse que seria tão difícil''.
E realmente as coisas tem sido difíceis, não é fácil levar em frente o que escolhi pra mim, e de fato, nunca ninguém me disse que seria tão difícil correr atrás do que eu quero. Eu me assusto?Sim. Tenho medo? Muito.
Porém, quero fazer de todas essas dificuldades meu crescimento pessoal, quero superá-las e manter a calma, quando a vontade é jogar tudo para o alto. Quero ser persistente quando a minha vontade de desistir é maior que eu mesma. Quero acordar e fazer a escolha de como meu dia vai ser, pois sei que sou eu quem o constrói. Quero que minhas palavras se tornem atos e não se percam no tempo e no espaço.
Acima de tudo, quero Deus no meu coração, por que sei que não tenho capacidade alguma de amar a mim e os outros sem Ele, por que Ele é o próprio amor. Ele é essa energia que nos impulsiona a viver e a pensar sobre quem somos e o que faço aqui.
Quero ter amor, amor de verdade, que não me deixe pensar em recuar. Sim eu disse que queria sumir do mapa, desistir...
Quando observamos nossa vida de longe e a colocamos paralelas à história de outras pessoas, percebemos o quanto nossa vida é maravilhosa e o quanto somos abençoados.
Tive um reencontro, um reeencontro comigo mesma, um reencontro com o que mais dá significado a minha vida.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Tem uma hora que você para e pensa: 'cheguei no meu limite' e aí passa a ver que o teu limite vai bem além do que pensou. Mas em meio a tal situação é inevitável que você se desgaste, que se sinta cansado e perdido.
É assim que me sinto, cansada, perdida, desgastada. Hoje li em uma revista que um terremoto é algo muito assustador devido ao fato de tirar o que mais dá segurança as pessoas: seu chão, terra firme. Quando esse abalo sísmico que está minha vida vai fazer algum sentido? Quando vou entender as coisas como são realmente?
Sério, preciso de férias... Mas férias de tudo e de todos. Uma louca vontade de ir embora, desaparecer do mapa, sumir, partir de verdade.
Stress de sexta-feira? Dia tão venerado por muitos e detestado por mim... Pode ser.
Mas o fato é que quero desistir, cansei.



''Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard..''

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Página em branco.

Afinal, o que preenche esse espaço vazio dentro do peito, que consome a pessoa por inteiro? O que é essa sensação que está tudo fora do seu devido lugar? O que é ser feliz afinal?
Muitas vezes nossa própria alegria é colocada nas mãos das outras pessoas, que também tem seus vazios, sua página em branco interior. Cada pessoa é um universo, cada pessoa representa muitas possibilidades, muitos caminhos a serem seguidos. Já parou para pensar que aquela pessoa que está na parada de ônibus junto com você pode estar vivendo a maior dor de sua vida?Ou de repente está tão feliz por sua sobrinha ter nascido...

Cada um pode escrever sua própria história, através de suas escolhas. Por que a sociedade impõe tanta coisa? Será que é preciso escolher uma profissão que lhe renda muito dinheiro, mas que te faz infeliz? Por que é preciso se casar aos vinte anos, ter filhos aos vinte e seis, ter um emprego fixo pra que o julgamento dos outros seja ''bah, a fulana deu certo na vida''?

Na realidade, cada ser tem uma razão diferente que o move. Mas e esse nada? Qual é a razão que me move? Como diz a música do cidadão quem: ''todo esse nada, será vontade de viver na mesma casa, na mesa que reparte o pão, por isso tudo então.'' , será que é isso que me impulsiona a levantar todos os dias e ver esse novo dia como uma possibildade?
Ou será que sou muito egoísta, e não vejo nada além do meu próprio umbigo, em vez de parar de pensar bobagem e ir lutar pela paz mundial ou fazer algo para acabar com a fome no planeta?

Sinceramente, eu não sei a resposta pra nenhuma dessas perguntas e acredito que realmente não vou te-las pelo menos, por um bom tempo. Enquanto eu não encontro o que preenche esse vazio dentro do meu coração, vou preenchendo essas páginas em branco, construindo esse imenso livro interior que se chama subjetividade e que nos torna seres únicos.

Até minhas respostas chegarem, e meu vazio estar por fim completo, vou vivendo esse presente diário, chamado vida, que é sinônimo também de um desafio, que se deve fazer valer a pena; de um jeito que eu ainda não descobri como.

sábado, 15 de outubro de 2011

Comfortably Numb..

Li um texto da Marina Colassanti em uma prova 'abençoada' de Português, chamado ''Eu sei, mas não devia''.. Confesso que, em meio aquela queimação dos poucos neurônios que ainda me restam, comecei refletir a respeito. Realmente nos acostumamos a ver realidades cruéis, nos acostumamos a ser tratados apenas como simples consumidores, nos acostumamos com injustiças.. Entre outras muitas coisas. Por que tudo isso?
Pelo simples fato de ser mais confortável.
É mais fácil, é mais cômodo.
Vivemos como nos é condicionado, realmente entorpecidos pela mídia e pelo senso comum... Não se ousa mais, não se luta mais, apenas se aceita. É tão mais fácil estar alheio aos problemas, olhar para seu próprio umbigo e se achar o centro do universo. Vivemos em mundo com imagens semi- reais e uma visão distorcida.
Estamos confortavelmente entorpecidos.
Não acho um estado ruim de se vivenciar, com certeza não.
Não quando estamos apaixonados, nos sentimos em universo paralelo e fazemos planos de comer croissant no café da manhã com a pessoa amada.. Não quando reencontramos aquele amigo que mora longe e que nos faz sentir embriagados com sua presença. Não quando passamos um belo domingo com nossa família, contando piadas...
Mas infelizmente, não é o caso da nossa realidade... O entorpecimento no qual estamos mergulhados é a estagnação de não fazer nada pra melhorar e aceitar bovinamente o que nos é imposto. Realmente me sinto indignada com tudo isso e aquela coisa toda... Isso pra mim é tudo muito errado e queria realmente que as coisas fossem diferentes.
Mas estou aqui, confortavelmente entorpecida.




sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Além da máscara;



''Agora que a terra é redonda
E o centro do universo é outro lugar
É hora de rever os planos

O mundo não é plano, não pára de girar
Agora que o tempo é relativo
Não há tempo perdido, não há tempo a perder''




Quantas vezes temos verdades absolutas em nossas vidas e nos julgamos muito corretos e sábios diante de muitos fatos, esquecendo o quão falho somos. Quantas teorias já foram desmentidas, quantas vezes a ciência colocou em xeque ela mesma.
Como diz na música, é hora de rever os planos, rever conceitos... Mas aqui não falo sobre Física, sobre ciência ou geocentrismo, falo sobre o que há de mais profundo e mais desconhecido: o nosso próprio eu.
Quando eu preenchia a parte do perfil ''quem sou eu?'', eu pensava que nunca vou saber quem verdadeiramente sou, a cada dia uma nova descoberta ou uma contradição.
E aí, entra o título desse novo blog: ''Bem além da máscara.''
Muitas vezes nos portamos como camaleões camuflando nossos sentimentos e ideias... Por questão de sobrevivência? Talvez...
Quantas vezes estamos tristes, com o coração em pedaços e acabamos sorrindo como se estivesse tudo bem; Ou estamos extremamente felizes e temos que nos conter. Claro, é necessário, a sociedade impõe, o medo de ser mal compreendido é grande e a necessidade de ser forte também.
Mas não acho saudável ser assim sempre, não quero ser assim. Eu sinto que devo buscar além das minhas máscaras, devo me conhecer melhor e expressar de alguma forma como me sinto e o que se passa dentro desse complexo mundo chamado consciência.
A forma que eu encontrei é essa, escrever. Colocar em palavras o que sinto, porém inúmeras vezes elas me faltam, mas mesmo assim acabo por me conhcer melhor e começar a ver além do que pareço e o que pensam a meu respeito.
Quero rever muitos aspectos sobre mim, quero mudar, evoluir, aprender a olhar para meus sentimentos e expressá-los.
Quero ser verdadeira, quero ser autêntica...
Quero viver a magia de ser REAL.

Caroline Maria Ghiggi